Classe Polyplacophora

                    Classe Polyplacophora
Polyplacophora (do grego polys, muitas + plax, placa + phora, portador) é uma classe de moluscos marinhos. São caracteristícos de possuir cabeça minúscula,altamente revestidos por uma concha com oito partes (ou valvas) sobrepostas, desprovidos de tentáculos e têm cabeça minúscula desprovida de olhos. A essa classe pertencem os quítons. A maioria vive em águas relativamente rasas, comuns na zona de intermaré, e alguns ocorrem em profundidades de até 7.000 m. Alimentam-se de algas e plantas do substrato.


 Moluscos alongados, achatados dorso-ventralmente, com um pé ventral amplo e concha formada por 8 placas dorsais; concha com articulamento; manto forma cinturão espesso, que margeia e pode cobrir parcial ou completamente as placas da concha; epiderme do cinturão geralmente com espinhos, escamas ou cerdas calcárias ou quitinosas; cavidade do manto em torno do pé com 6 a mais de 80 pares de ctenídios; 1 par de nefrídios; sem olhos, tentáculos ou estilete cristalino; sistema nervoso sem gânglios distinguíveis, exceto na região bucal; rádula presente. Marinhos.
  • Águas rasas;
  • Concha composta de 8 placas sobrepostas;
  • Pé oval, achatado.
  1. LEPIDOPLEURIDA – Quítons primitivos, com a margem externa das placas da concha sem dentes de inserção.
  2. ISCHNOCHITONIDA – Margens externas das placas da concha com dentes de inserção.
  3. ACANTHOCHITONIDA – Margens externas das placas da concha com dentes de inserção bem desenvolvidos.
    Existem atualmente 800 espécies vivas de quítons.
    Os quítons variam de tamanho de 3 mm a 40 cm.  Possuem coloração vermelha acastanhada, marrom, amarelo ou verde.
    Locomoção 
    Os quítons possuem pés localizados ventralmente em seu corpo, e é achatado e largo. São propelidos pelas ondas de contração muscular que percorrem o pé. Um muco gelatinoso é expelido pelo animal, auxiliando na fixação do pé ao substrato. Parte do pé desliza sobre um muco liquefeito, e ajuda a formar uma onda que dará impulso para o ele se movimentar. Assim, após a formação da onda e consequentemente a movimentação do animal, o muco liquefeito fica gelatinoso, fixando aquela parte do pé ao substrato, e uma parte do muco gelatinoso fica liquefeito, fazendo o mesmo efeito.
    Além disso, quando perturbado, ele usa a cintura, formando um vácuo que o adere ainda mais ao substrato.
    Circulação e trocas gasosas 
          A circulação dos quítons é aberta, ou seja, a hemolinfa corre sobre lacunas. O coração é localizado dorsalmente e possui dois átrios e um ventrículo. A hemolinfa oxigenada vai para os átrios e em seguida para o ventrículo. Lá, ele é bombeado para o resto do corpo através da artéria anterior. Após oxigenar os tecidos do corpo, a hemolinfa volta para o coração através dos vasos ctenidiais aferentes.
          Na cavidade do manto dos quítons, é encontrado um sulco palial, que margeia todo o corpo do animal. Na região lateral desse sulco existem várias brânquias simples. A margem do manto é vedada (aderida ao substrato), exceto por duas áreas laterais, que se mantém elevadas para serem preenchidas por água, formando um canal inalante da água. A água entra no canal inalante, que é o espaço do lado externo das brânquias, indo para o corpo, circulando entre as brânquias e indo para a região exalante. A água passa pelos gonóporos, nefridióporos e ânus, e então é eliminada.
    Nutrição 
    Grande parte dos quítons é formada por micrófagos que se alimentam de algas finas e outros organismos que raspam rochas e outros invertebrados com a rádula. Verificou-se que, entre 3 espécies da costa do meaípe, foram encontrados em seu conteúdo intestinal restos de 14 algas e organismos animais diferentes e cerca de três quartos do conteúdo consistiam de sedimento. A longa rádula porta 17 dentes em cada fileira transversal e alguns deles possuem um revestimento de magnetita . O comprimento da rádula e seus dentes endurecidos são adaptações perante o uso imposto pela raspagem quase contínua na superfície das rochas. A boca abre-se para uma cavidade revestida em quitina. Projeta-se posteriormente, a partir do dorso da cavidade bucal, um longo saco radular, do mesmo modo que a evaginação menos e mais ventral chamada de saco sub-radular. O saco sub-radilar possui uma estrutura quimiossensorial em forma de amortecedor que pende do teto.
          Quando um quiton se alimenta, o órgão radular protrai-se, aplicando-se contra a rocha. Se este encontra alimentos, o odontóforo e a rádula projetam-se da boca e raspam. O órgão sub-radular se protrai periodicamente para testar o substrato novamente. Na cavidade bucal, o muco vindo de um par de glândulas salivares envolve as partículas alimentares a medidas que entram no esôfago e são transportados ao longo do canal alimentar ciliado em direção ao estômago. Durante esse processo, as partículas alimentares se misturam à amilase secretada por um par de grandes glândulas faringianas, dutos a partir dos quais se abrem no começo do esôfago.
          O esôfago se abre em um estomago onde o alimento é misturado a secreções proteolíticas vindas da glândula digestiva. A digestão é praticamente extracelular e ocorre na glândula digestiva, no estomago e no intestino anterior.
    O intestino anterior dobra-se e se junta depois a um enrolado intestino posterior onde formam os péletes fecais. O ânus abre-se na linha média imediatamente atrás da margem posterior do pé.
    Excreção 
          Embaixo das duas últimas placas da concha localiza-se a grande cavidade pericárdica. Um único par de aurículas coleta o sangue proveniente de todas as brânquias. Os grandes rins possuem forma de “U” e conectam-se à cavidade pericárdica.  O nefridióporo abre-se no interior do sulco palial.
    Sistema Nervoso e Órgãos Sensoriais


       O sistema nervoso dos quitons é parecido com o do molusco generalizado: apresenta um anel nervoso circum-esofágico por onde partem dois pares de cordões nervosos. O par de cordões nervosos ventral se chama cordões podais, e inerva os músculos do pé. O par de cordões dorsal se chama cordões viscerais, e inerva o manto e os órgãos viscerais. Também apresentam entre os cordões, nervos transversos que conectam os cordões. Os gânglios estão ausentes ou pouco desenvolvidos.
       São desprovidos de tentáculosestatocistos e olhos cefálicos. Os principais órgãos sensoriais são as estetas, exclusivas dos quitons, encontradas na porção dorsal das placas da concha,  e o órgão sub-radular, situado na porção anterior do tubo digestivo. Na família Chitonidae, alguns estetos são encontrados na forma de olhos simples.
       Encontramos na superfície externa do manto dos quitons várias células táteis e fotorreceptoras. Já na cavidade interna do manto encontramos várias células quimiorreceptoras.

    Reprodução e Desenvolvimento


       A maioria dos quitons é dióica e apresentam uma gônada única, pareada em estágios primários do animal, encontrada na cavidade pericárdica em baixo das placas de concha médias. Os gametas serão produzidos nas gônadas e transportados para o exterior pelos gonodutos, um par, através dos gonóporos.
       Os machos liberam os espermatozóides junto às correntes respiratórias exalantes. As fêmeas podem, também, liberar os ovos, que serão envolvidos por uma camada espinhosa, ou podem manter os ovos incubados dentro da cavidade do manto. A fecundação irá acontecer ou no mar, ou dentro do manto da fêmea.
       Tirando os grupos que incubam seus ovos, o resultado da fecundação do ovo será a formação de uma larva trocófora livre-natante, característica dos protostômios. Tais larvas são bem parecidas com as larvas encontradas em Annelida. Apresentam um prototroco, região ciliada, que separa a larva nas partes pré-trocal e pós-trocal. Também vemos um tufo apical, um olho larval, um pé em desenvolvimento e uma glândula da concha. A larva sofre metamorfose e sua parte pós-trocal se alonga para formar grande parte do corpo do quiton jovem. Os olhos larvais se matêm por um tempo, mas a prototroca se degenera e o animal afunda como um quiton jovem.

Fontes: pt.wikipedia.org/wiki/Polyplacophora
              www.ebah.com.br/content/ABAAAA8mUAA/mollusca
              zoologia-ii-ufes-turma-ii.webnode.com/news/mollusca2/


Imagem de um exemplo:



Tonicella lineata

Tonicella lineata

Fonte: pt.wikipedia.org/wiki/Polyplacophora


Ordem da Classe Polyplacophora


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